1 – O Timing para a grande decisão
O mercado imobiliário é influenciado por diversos fatores baseados na lei da oferta e da procura e ao ambiente económico do momento. Escolher a melhor altura para comprar a primeira casa é algo que poderá influenciar os custos e o acesso do crédito à habitação.
2 – Fazer planos
Muito provavelmente, a primeira casa que comprar será para viver. Terá de avaliar se na eventualidade quiser vender posteriormente, a localização terá uma grande importância no valor que irá ganhar com a venda mas também com a facilidade em encontrar potenciais compradores.
No entanto, note que os imóveis mais bem localizados pagam mais de IMI. Verifique com as Finanças todos os custos e estimativas de quanto poderá ter de investir na sua primeira casa.
Fatores como boas acessibilidades, proximidade de escolas, comércio, serviços públicos, transportes e construção em zonas de elevado valor de mercado imobiliário influenciam naturalmente esse valor.
Portanto, trata-se do custo de oportunidade entre escolher uma melhor localização e tirar possíveis proveitos disso no futuro ou pagar menos.
3 – A tipologia importa
Ter uma mansão pode ser um dos seus sonhos, mas quanto maior é a casa, maiores são os custos com a manutenção, aquecimento no inverno e ainda no que diz respeito aos impostos que lhe estão associados.
Terá de fazer uma jogada inteligente, entre uma propriedade grande pode pesar no seu orçamento mensal e desequilibrar as suas despesas ou um apartamento com tudo que necessita e que irá compensar-lhe na sua carteira.
5 – Programas de apoio à habitação
Atualmente são mais os programas de incentivo ao arrendamento do que à compra de habitação, começando, nomeadamente, pelo Programa Porta 65, destinado a jovens até aos 35 anos de idade e com baixos rendimentos. Em termos processuais, é dada uma percentagem da renda aos candidatos aprovados, pelo período de 12 meses, renovável até atingir os 60 meses.
6 – No financiamento, não se deixe enganar: estude as opções ao máximo
O banco escolhido pela maioria das pessoas que compra casa é normalmente aquele com o qual têm relação há algum tempo (especialmente se for há muitos anos). Mas com tantos bancos em Portugal a disponibilizar crédito à habitação, pode poupar imenso dinheiro no pagamento de juros, de seguros e de comissões só por comparar diversas soluções do mercado e escolher a que é, na verdade, melhor para si.
Na hora de equiparar as diversas simulações, é preciso ter atenção a vários elementos: para além da TAEG e do montante total imputado, também há que contar com o spread e a prestação mensal. A oferta do mercado pode variar bastante.
7 – Oscilações das taxas de juro
É impossível prever o futuro e, como tal, mesmo que neste momento a EURIBOR esteja em máximos históricos, 20 ou 30 anos de um crédito à habitação é muito tempo para estar com conjeturas acerca de eventuais subidas ou descidas. A única forma de se precaver disto é escolher um empréstimo com taxa fixa – assim saberá sempre com o que conta.
Não obstante, quando a EURIBOR está em subida, também a sua prestação está, pelo que pagará mais pelo empréstimo da casa e vice-versa.
8 – Construa um fundo de emergência
Porque é que isto é importante? Simples. Imagine que perde, de forma repentina, a sua fonte de rendimento principal (seja por uma situação de desemprego involuntário ou por outro motivo qualquer).
Para poder fazer face a esta alteração de circunstâncias nos primeiros tempos, é crucial ter dinheiro de parte para emergências e que idealmente dê para cobrir as prestações mensais do empréstimo da casa.
Este artigo teve como base este artigo.
(Este artigo foi escrito à data de Março de 2023 pelo que a situação atual é a que consta no presente texto.)